4 Etapas fundamentais em operações logísticas

4 Etapas fundamentais em operações logísticas

A logística está presente em, praticamente, todas as atividades estratégicas que compõem os ambientes corporativos. Ela inclui planejamento, operação e controle do transporte de mercadorias, perpassando pela movimentação e armazenagem, com foco importante no cumprimento de prazos.

Também entendida como função essencial de agrupar as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva, a logística é uma evolução natural do pensamento administrativo. Suas principais atividades englobam armazenagens, processamento de pedidos e transporte e iniciaram-se antes mesmo da existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas.

A atividade logística no Brasil ainda pode ser considerada recente, tendo se desenvolvido em razão do aumento da competitividade. Essa mudança no cenário nacional deve-se, em parte, pela entrada no País de empresas multinacionais que trazem conceitos de qualidade e eficiência ligados à logística dos seus produtos, até então desconhecida pelos empresários brasileiros.

A competitividade tem exigido que os profissionais se capacitem nesse tema e que as empresas brasileiras desenvolvam vantagens em relação aos seus concorrentes que envolvem tempo, e principalmente custo e nível de serviços. O gerenciamento logístico focado nos custos operacionais surge, então, como uma ferramenta com o objetivo de oferecer, aos gestores, parâmetros de avaliação do desempenho compatível com os objetivos da empresa.

O analista de Supply Chain de uma multinacional do setor químico-industrial, Rodrigo Santos, lembra que logística vem do francês ‘loger’ e significa suprir. Trata-se de um conjunto de processos com o objetivo de gerenciar e otimizar desde a colheita da matéria-prima na natureza até sua transformação em produto final.

O conceito de Supply Chain Management – ou Gestão da cadeia de suprimentos, tem despertado notável interesse entre os membros dos mundos acadêmico e empresarial, representando importante evolução do que tradicionalmente se conhece como logística.

“Quando falamos de uma operação internacional, por exemplo, não estamos falando somente do mercado doméstico e toda a complexidade que já existe internamente. Estamos falando em atores internacionais, porque quando você vai transportar um produto de um país para outro você precisa entender o que vai transportar, como vai fazer isso, qual será o valor do frete internacional, analisar se vale a pena, checar se não é possível escolher um fornecedor mais próximo etc. Todas essas questões são pensada para maximizar o lucro da própria empresa”, explica Santos.

É válido ressaltar que aumentar o lucro da empresa e otimizar o processo logístico independe de uma operação ser internacional ou mesmo nacional é um objetivo comum. O processo é semelhante, o que mudam são as proporções do que se está sendo feito, já que levar um produto de um país para o outro exige transporte aéreo ou marítimo e, consequentemente, um planejamento para execução e gastos maiores.

Na multinacional que Santos trabalha, assim como na maioria das grandes empresas, são considerados três tipos de modais, ou seja, de sistemas de transportes. Além do aéreo e marítimo mencionados anteriormente, há, obviamente, o terrestre.

O modal marítimo é utilizado para um planejamento de longo prazo, em que as cargas são colocadas em contêineres, ou seja, é um processo logístico mais complexo.

“Utilizamos o modal aéreo para situações mais urgentes, transporte de amostras de produtos ou coisas que precisamos transportar de um dia para outro. Claro que por esse imediatismo temos um frete muito maior do que no modal marítimo. Já o frete terrestre é utilizado para operações nacionais e também transfronteiriças, entre países da América do Sul”, ressalta Santos.

Etapas fundamentais

O portal do TruckPad enumerou que a operação logística na prática envolve quatro etapas fundamentais. São elas:

  1. Logística de entrada ou inbound

Trata-se da definição de quem faz parte da sua rede de fornecedores e também o gerenciamento dela. Aqui fica a dica: é fundamental ter a estratégia da operação definida para as equipes e empresas envolvidas. Isso porque algumas organizações, por exemplo, debatem bastante os benefícios da terceirização do processo logístico. Vale destacar que, em alguns casos, por mais que a operação seja realizada por outra organização, é possível ter bastante controle sobre a atividade.

  1. Logística interna ou in house

A gestão de estoque é uma peça-chave nessa etapa. Por conta de problemas com segurança e também para obter mais espaço físico, os estoques costumam ficar em regiões mais afastadas. É interessante que a companhia reflita sobre os reais benefícios de ter logística in house na sua operação. Para isso, é importante entender a demanda pelo seu produto – se essa é estável, sazonal, irregular ou está em declínio -, a segurança da sua cidade, o impacto nos custos e a melhora da qualidade do serviço.

  1. Logística de saída ou outbound

Nessa etapa são destaques: o transporte de mercadorias, a definição do canal de distribuição e do modal escolhido. Isso significa que a logística outbound lida com seus produtos finais ou serviços. O resultado é poder entrar em contato diretamente com o mercado com eficiência e garantir lucro operacional.

  1. Logística reversa

Essa área da logística relaciona-se ao movimento inverso: a busca da mercadoria do ponto de consumo retorna ao local de origem. O campo apresenta diversos benefícios para o meio ambiente e para a organização, como:

  • Recuperação de produtos;
  • Redução do consumo de matérias-primas;
  • Reciclagem, substituição e reutilização de materiais; e
  • Reparação de produtos.

O engenheiro de alimentos, Rafael Barão, trabalhou durante alguns anos com logística corporativa em uma multinacional do setor alimentício. Segundo ele, o processo de logística consiste em organizar o próprio galpão, facilitando o momento de achar os itens e produtos nas prateleiras na hora de escoar a produção. É fundamental organizar para que o lote fabricado primeiro também seja o primeiro a sair da fábrica em direção ao ponto de venda. É preciso manter um fluxo condizente com a linha de produção da fábrica.

“O setor de logística tem que estar muito bem alinhado com a fábrica. A organização é a palavra-chave para fazer os processos de forma adequada e conseguir rastrear tudo o que foi para a rua. Hoje em dia temos muitos métodos e processos de tecnologia, como QR Code nas caixas, para uma melhor rastreabilidade do que saiu da indústria e para onde está indo. Até drones têm sido utilizados dentro de galpões, porque existem locais enormes, com pé direito superalto, para localização”, conta Barão.

A tecnologia oferece inúmeros benefícios e oportunidades quando se trata do campo da cadeia de suprimentos e logística, incluindo análise avançada de dados, facilidade de escalabilidade, segurança de dados, redução de custos, integração de múltiplas plataformas, rastreamento em tempo real e procedimentos automatizados.

Os 4Rs

Para que a logística ocorra da melhor maneira e, consequentemente, se tenha uma operação de qualidade é preciso estar atento ao gerenciamento dos 4Rs, que têm origem do inglês: Responsiveness (Responsividade); Reliability (Confiabilidade); Resilience (Resiliência), e Relationships (Relacionamentos). Explicamos um a um a seguir.

  1. Responsividade (responsiveness): capacidade de atender às demandas dos clientes com agilidade e eficiência. Os clientes, de maneira geral, buscam mais flexibilidade e soluções mais customizadas.
  2. Confiabilidade (reliability): com objetivo de gerar mais confiança entre os integrantes da operação logística, recomenda-se aumentar a visibilidade de ponta a ponta do processo.
  3. Resiliência (resilience): o mercado atual é marcado por alta volatilidade. Portanto, é necessário ter resiliência para administrar com consciência e qualidade essas mudanças e novas demandas dos clientes.
  4. Relacionamentos (relationships): para que as relações comerciais obtenham sucesso, a sugestão é que se estabeleça uma parceria focada em relacionamentos de longo prazo.

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